domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vão ser sem mim suas próximas horas, seu choro, seu próximo gozo.
longe da minha calma, longe dos meus olhos seu choro, seu sopro, seu sono
sem mim seus planos, sem mim seus sorrisos
Não para mim seus olhares, não mais no meu travesseiro
não mais na minha mesa, no meu banheiro
Vão ser sem mim seus desesperos, seu medo e seu carnaval
Não para mim suas palavras, suas promessas, seus telefonemas
Nada mais para mim.
Nem seus próximos perdões
isso engasga, dilacera mata aos poucos, rasgando fundo e lento.
É ponta de faca roçando a nuca.
Esse nunca, nuca mais.



Eu sou dramática? Eu sou, sou.
Sou baixa, mesquinha, sou rampeira mesmo. E não vou calar a boca, nem vou falar baixo porra nenhuma. Eu sempre falei baixo com você. Sempre.
E o que que adiantou essa minha boa educação? Não adiantou merda nenhuma!
Eu não vou calar a boca. Vou gritar a noite inteira, a vida inteira nos teus ouvidos
E ainda vai ser pouco. Vou querer morrer e nascer de novo para gritar mais.
Eu não estou nem aí. Estou nem aí.
Você merece, merece muito mais. Um tiro no cú é o que você merece. Merece uma macumba para o seu pau cair podre.
EU NÃO VOU FALAR BAIXO Não estou nem ai para a vizinhança.
Tapem os ouvido, cambada de filho da puta. Estão todos rindo de mim.
Eu sou a cadela, a mal comida, a traída, a miserável.
À merda, ao inferno, à casa do caralho.
Talvez assim me entendam. Talvez. Me larga! Não toca em mim. Não quero saber dessa sua mão em mim. Essa sua vozinha mansa. Enfie no rabo essa sua vozinha mansa.
Se continuar segurando meu braço eu te parto a cara, eu arranco seus dentes.
Eu quero ver alguém beijar você assim. Só eu. Ouviu bem?
Só eu te amaria banguela, 20 quilos mais gordo, com chulé, pobre e fodido. Só eu. Só eu. Só eu . Só eu. Vê se entende. Eu te amo. Vê se entende meu grito. Vê se escuta. Você não escuta.
Eu estou desistindo... desistindo. Sabe o que é isso? É como se afogar.
Você nunca se afogou, eu sei.
Isso vai ser a última coisa que eu vou te explicar:
Seu corpo afunda sem o seu consentimento e depois numa esperança falsa ele procura a superfície. Mas entenda, é só para novamente te afundar.É assim. você vai engolindo água, debatendo-se, cansando, cansando... Acostumando-se com a morte. Mas se tiver sorte alguém te salva. Aconteceu comigo na infância. Por isso, agora não tenho a menor esperança.

Um comentário:

ciça ojuara disse...

Simplesmente fooooooooooda!